BENZA DEUS, Ô SORTE, vocês não vão acreditar MINHA GENTE,
Atrás de sucesso e fama EU VIM DA ROÇA, mas não larguei os
meus costumes e raízes,
Ainda gosto do saboroso DOCE DE JILÓ, mesmo que a cidade
grande me deixe sempre em uma SINUCA DE BICO e por mais que eu me viro mais sem
saída eu fico.
Preso em uma RODA gigante chamada mundo moderno, onde a
confiança nem sempre é a melhor opção, a cada três sambas que a vida oferece um
é SAMBA DE PESCADOR, lorotas, balelas e mentiras.
Como diria o velho DORIVAL em seu sábio DITO POPULAR: “Aproveite a sorte enquanto estiver a seu favor.”
Mas caipira que é caipira
não anda sem seus badulaques, carrego comigo sempre meus TALISMÃ, PATUÁ E
AMULETO, quem sabe assim a sorte não me abandona mais.
Me vejo preso em uma agora
em uma rua sem saída, sem endereço, sem CEP e sem meus velhos e gostos costumes
e manias,
Por mais que as manhas
gostosas e frescas ofertadas pelo OUTONO nos abrace, sinto falta do meu povo,
da minha gente que sofre, da minha gente que rir, da minha inesquecível DONA
BENTA.
Júnior Corrêa
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